sábado, 11 de junho de 2011

UM ESTRANHO DENTRO DE VOÇÊ

GÊMEOS NÃO-IDÊNTICOS PODEM FUNDIR-SE ORIGINANDO UMA PESSOA SÓ.


 Explique isso! Você é um médico e um dos seus pacientes, uma mulher  de 52 anos de idade vem te ver, muito chateada. Testes revelaram algo inacreditável sobre dois de seus três filhos . Embora ela concebeu-los naturalmente com o marido, testes revelaram que ele é o pai, mas ela não era mãe biológica das crianças. Era como se ela tivesse dado à luz filhos de outra pessoa.

 Só pra constar, Esta não é uma pergunta capciosa -e  é um caso real que Margot Kruskall, um médico do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston,Massachusetts, foi confrontado cinco anos atrás. O paciente, que vamos chama de Jane, precisava de um transplante de rim, e assim a sua família fizeram testes de sangue para ver se algum deles seria um doador adequado. Quando os resultados chegaram Jane estava esperando por boas notícias.


Em vez disso, ela recebeu um golpe de martelo. A carta disse-lhe abertamente que dois de seus três filhos não podiam ser seus. O que estava acontecendo?

Kruskall e sua equipe demorou dois anos para decifrar o enigma. No fim das contas eles descobriram que Jane é uma quimera, uma mistura de dois indivíduos que fundiram no útero, e cresceu em um único corpo. 







Apesar de casos como o de Jane ser o extremo, os pesquisadores agora pensam que há um pouco de quimera de todos nós, e o que antes era visto como uma esquisitice biológica pode desempenhar uma função vital.

Algumas partes de seu corpo derivaram de uma gêmea, outras partes, da outra. Parece bizarro que isso possa acontecer, mas Jane não é um caso único. Cerca de 30 exemplos similares de 'quimerismo' já foram relatados.






 Longe de sermos indivíduos de sangue puro, compostos por uma única linhagem de células, nossos corpos seriam mestiços celulares, coalhados de células de nossas mães, talvez até de avós e irmãos.

Durante a gravidez, o sangue da mãe e do feto são mantidos separados, mas algumas células conseguem se insinuar. Com efeito, de 80% a 90% das mulheres carregam células ou DNA de seus filhos no sangue durante a gravidez.

'Mulheres abrigam células das suas mães e dos seus filhos', afirma 

J. Lee Nelson, imunologista do Centro de Pesquisa de Câncer Hutchinson, em Seattle, EUA.

Para estudar isso, Nelson e sua colega Natalie Lambert têm procurado células maternas no sangue de mulheres adultas.

Em artigo a ser sair na revista especializada 

'Arthritis & Rheumatism'

http://www.rheumatology.org/ar/ar.html  eles descrevem como a análise do sangue de 32 mulheres saudáveis mostrou que 22% delas carregam glóbulos brancos de suas mães.

Não se sabe se a troca de células entre mãe e filho é um acidente, ou se cumpre algum propósito.

Fator importante poderia ser que as células fetais transferidas para a mãe sirvam para encorajar o sistema imune materno a tolerar o feto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário