terça-feira, 7 de junho de 2011

Fatos reais e lendários sobre a jequitiranabóia (Fulgora lanternaria)

O inseto popularmente chamado de jequitiranabóia provoca curiosidade e medo mesmo nos que apenas ouviram falar de sua suposta ‘picada mortal’. Na Costa Rica, por exemplo, existe a crença de que uma pessoa jovem ‘ferroada’ pelo inseto deve ter relações sexuais em menos de 24 horas, ou morrerá. Diz-se ainda que, se a vítima é um homem, uma virgem seria o melhor antídoto. De modo semelhante, a expressão “picado por la machaca” é aplicada, na Colômbia, a quem exibe grande apetite sexual. Já no Brasil, o inseto é considerado portador de um veneno mortal, que resseca as árvores das quais se alimenta e fulmina homens e animais. No
Ceará, o nome do inseto é visto como um sinônimo de indivíduo terrível, e dado àqueles que perderam sua boa reputação.
A jequitiranabóia pertence à ordem de insetos  Homoptera (a mesma das cigarras) e à família
Fulgoridae. O gênero Fulgora, encontrado do México à Argentina, abrange oito espécies. O nome genérico
provavelmente tem origem na mitologia romana: Fulgora era a deusa que protegia as residências contra relâmpagos e tempestades terríveis. Embora notáveis pelo tamanho (algumas espécies chegam a 9,5 cm de comprimento) e por formas bizarras, cores brilhantes e secreções de cera, pouco se sabe sobre a ecologia das espécies que habitam as florestas tropicais – exceto no caso dos fulgorídeos de importância econômica, como Phrictus diadema (praga do cacau no Brasil) e Pyrops candelaria (praga da manga na Ásia).


CURIOSIDADES DO BICHO
São considerados os exemplos mais significativos do folclore brasileiro. Começaremos a relatar sua característica marcante: a cabeça.
A possível bioluminescência é um fato muito marcante. Como o próprio nome foi batizado na época, "lanternaria" (lanterna). Mas alguns cientistas dizem que este fenômeno origina-se de bactérias fotogênicas que se desenvolvem sobre a cabeça dos exemplares. Porém, não possuo uma confirmação.
Muitas aldeias indígenas e comunidades próximas o temem, e desta forma acabaram disseminando por muito tempo o folclore do jequitiranabóia. Segunda a lenda Jequi, caso pouse em uma pessoa ou sobre um galho, este secará completamente e definhará até a morte. Isto se deve ao fato de os animais, algumas vezes, serem encontrados em troncos secos, acreditando-se que ao sugar sua seiva, levou a morte o órgão vegetal. Mas o leitor não deve se assustar com estas falsas crenças, pois o jequitiranabóia é um inseto inofensivo e incapaz de "secar" pessoas ou outros animais e até mesmo vegetais de grande porte. O que ocorre na verdade é que de fato já foi relatado, são seus hábitos alimentares (suga seivas e o néctar de frutas), só ocorrendo algum dano, ao vegetal, se o número de insetos for muito grande em planta já debilitada.
Exemplo das falsas crenças

É considerado também um animal venenosissímo, pelo fato de se assemelhar a uma serpente. No ano de 1833, foi descrito como sendo: ".. há, porém entre todas mais perigosa e terrível, a jaquiranambóia". Esta observação por mais improvável que seja, é muito acreditada ainda pelas pessoas que vivem nas zonas distantes das cidades e próximas a florestas. Mas também não devemos inferiorizar e ignorar estas, pelo fato de acreditarem ou não nestas crenças, pois isto faz parte de nossa múltipla cultura e que não pode ser apagada de nossa história.
O jequitiranabóia antigamente, era visto com grande freqüência no interior das pequenas cidades, principalmente as do interior do Estado de São Paulo. Mas atualmente estas observações são muito difíceis de serem feitas, pois esta e muitas outras espécies acabaram se confinando em determinadas regiões. Este confinamento é prova de que o devastamento, a caça predatória (tráfico de animais) e a poluição estão a cada dia mais intensas, extinguindo a biodiversidade de nossa tão rica fauna e flora.


 

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