sábado, 26 de novembro de 2011

A fruta que consegue transformar o gosto cítrico em doce

Não confie totalmente no seu paladar, ele pode enganar você. Conheça a fruta com poder de mudar a percepção do sabor dos alimentos.








Desde muito tempo a ciência nos provou que a sensação de doçura que sentimos ao degustar algum alimento é proporcionada pelos hidratos de carbono, também denominados como açúcares. Nós detectamos os sabores através dos sensores de gosto (papilas gustativas) na língua; mas esses sensores podem ser enganados pelos sabores.

Richardella dulcifica um pequeno fruto avermelhado, originário da África Ocidental, tem propriedades de modificar o gosto de alimentos ácidos e minerais diluídos e ácidos orgânicos em um sabor doce, basta mastigarem a polpa da fruta; este efeito tem duração de 1 a 2 horas.
Isso ocorre devido a uma glicoproteína chamada miraculina, composta de 191 aminoácidos e algumas cadeias de açúcares. Inicialmente a miraculina tem sabor azedo para o paladar humano, mas uma vez que a língua humana é exposta a miraculina a percepção do sabor de alimentos azedos ou cítricos torna-se doce por até uma hora.
Uma milésima parte de um grama de miraculina é suficiente para alterar a percepção do paladar humano; alguns pesquisadores acreditam que esta glicoproteína tem capacidade de mudar a estrutura dos sensores de sabor dos seres vivos.
Geneticistas japoneses têm conseguido produzir em laboratório através de engenharia genética, outras plantas produtoras de miraculina. Podemos citar a alface como exemplo.
Esta glicoproteína poderá também ser utilizada pela indústria de adoçantes e alimentos dietéticos. A fruta é largamente usada pelos praticantes de dietas, por ser um fruto com pouquíssimas calorias. Nos Estados Unidos ainda esta em fase de pesquisa para a comercialização e liberação pela FDA
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Estrutura da enzima responsável pelo vírus da AIDS

Pela primeira vez em 20 anos foi desvendada uma peça chave do puzzle do HIV.
Uma equipa de investigadores do Imperial College de Londres e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiu finalmente encaixar uma peça necessária para decifrar a complexidade do vírus da imunodeficiência humana.






Os cientistas desenvolveram um cristal que revela a estrutura da integrase, a proteína que se encontra no interior do vírus e que infecta o organismo, como a utilizada para copiar e passar a informação genética para as células.
O papel desta proteína é tão importante que uma das famílias de fármacos já utilizada atualmente atua sobre ela para controlar a infecção.

“Desmascarar a integrase ajudará os investigadores a melhorar a terapia actual, a evitar as resistências e acima de tudo desenvolver novos tratamentos”, explicaram os cientistas no trabalho publicado na revista Nature.

Para conseguir ver esta proteína em três dimensões, a equipa, dirigida por Peter Cherepanov, desenvolveu um cristal a partir de uma versão da proteína (PFV) − idêntico ao HIV.

Foram precisos quatro anos e 40 mil ensaios para ser possível visualizar a estrutura da proteína em três dimensões.

Este trabalho mostrou que a estrutura da integrase é diferente do que se acreditava. “Tem sido uma história muito emocionante. Quando começamos o projecto sabíamos que era muito difícil e que muitos tinham tentado o mesmo anteriormente. Porém, começamos pouco a pouco e apesar de fracassarmos muitas vezes, não desistimos. No final o nosso esforço foi recompensado”, conclui Cherepanov.

Micro RNAs movem-se por entre as células

Desde que pequenos pedaços de material genético, conhecidos como microRNAs (pequenos RNAs, com 20 a 22 nucleótidos, resultantes da clivagem de um RNA maior não codificante e que possui uma estrutura secundária), foram pela primeira vez caracterizados, os cientistas têm vindo a descobrir o quão importante são para regular a actividade dos genes nas células. 

Um novo estudo, publicado na revista «Nature», mostra agora que os microRNA também se podem mover de uma célula para outra para enviar sinais que influenciam a expressão do gene.

A descoberta acrescenta o microRNA à lista de moléculas móveis, como as hormonas, proteínas e outras pequenas formas de RNA, que permitem comunicações essenciais entre as células e o processo de desenvolvimento de um órgão.