terça-feira, 7 de junho de 2011

NASCER, VIVER E MORRER...ou NÃO.

O mundo biológico é sem duvidas muito curioso. uma caracteristica que define a vida são que organismos tendam a nascer, crescer, se reproduzir e morrer. 
Mas existe uma excessão a essa regra, e essa excessão se chama Turritopsis nutricula.



O padrão da reprodução em hidrozoários, o grupo que inclui Turritopsis nutricula, é o seguinte: Os ovos fecundados passam por um desenvolvimento embrionário que culmina numa larva minúscula e ciliada. Estas larvas encontram um substrato no mar e se fixam, desenvolvendo-se em um pólipo. O pólipo é a segunda fase do desenvolvimento, lembra grosseiramente uma arvorezinha. No que seria seu caule podem formar-se brotos e o pólipo se reproduz assexuadamente, mas nunca ocorre reprodução sexuada. Nas extremidades, porém, formam-se medusas, a forma mais conhecida da água viva parecida com uma tigela de ponta-cabeça e com tentáculos nas bordas. Em biologia define-se como adulto um organismo que produza espermatozóides e óvulos. Nesse caso, a medusa é a forma adulta dos hidrozoários. No interior da dita tigela formam-se gônadas que liberam óvulos e espermatozóide na água do mar. Após o sexo a medusa tem o bom senso de morrer. No mar ocorrerá a fecundação e recomeça o desenvolvimento embrionário e a larva, fechando o ciclo.


  
Turritopsis nutricula faz uma mágica biológica. Depois de liberar seus gametas a medusa reverte seu processo de envelhecimento e retorna para sua forma juvenil. Este processo foi chamado de transdiferenciação e ocorre de forma muito parecida com o envelhecimento normal. Um dos mecanismos mais usados neste processo é a apoptose, um suicídio celular programado. Aparentemente o processo de envelhecer e rejuvenescer pode acontecer infinitamente, tornando o organismo virtualmente imortal.



Isto tem carregado uma grande quantidade de pesquisadores a se interessarem por essas medusinhas de 5 mm numa corrida pelo elixir da juventude. No final todos querem saber como retroceder o relógio do tempo.

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