sábado, 24 de setembro de 2011
Quantas bactérias nós temos no nosso corpo?
O suficiente para encher um prato grande de sopa. “Isso é 1,36 a 2,27 quilos de bactérias”, diz Lita Proctor, que estuda as comunidades de bactérias que vivem sobre e em nós.
As células de bactérias em nosso corpo superam as células humanas em 10 para 1, diz Lita. Porém, como elas são muito menores do que as células humanas, representam apenas cerca de 1 a 2% da massa do nosso corpo, embora componham cerca de metade dos nossos resíduos corporais.
A quantidade de bactérias que carregamos com a gente não era bem catalogada até recentemente. Em julho, a Universidade Estadual da Carolina do Norte, EUA, estudou quantos micróbios tínhamos em nosso umbigo, e os cientistas encontraram cerca de 1.400 diferentes cepas de bactérias em 95 participantes. Destas, 662 amostras eram previamente desconhecidas.
Agora, uma nova instituição sem fins lucrativos, chamada MyMicrobes, quer conectar as pessoas através de uma rede social exclusivamente para falar e comparar experiências com bactérias (especificamente as gastrointestinais)
São cerca de 100 trilhões delas habitando o nosso corpo – dez vezes mais do que o de células humanas. Essa população invisível de bactérias – a maioria ainda desconhecida para a ciência – vive em guerra dentro do nosso organismo. Quem fez o mapeamento pioneiro dos micro-organismos que vivem no corpo humano foram os pesquisadores da Universidade do Colorado e foi publicado na revista “Science“.
O levantamento analisou 27 partes do corpo humano – 18 delas na pele. Os cientistas, no entanto, ainda desconhecem por que existem tanta variedade de bactéria. A análise biogeográfica, que permitiu a identificação das colônias bacterianas, foi feita com novas técnicas de sequenciamento genético. Nove voluntários tiveram amostras colhidas por três meses, sempre pouco depois do banho.
Os cientistas mapearam que os locais com maior variação de comunidades bacterianas são o cabelo, a narina, o ouvido, a flora intestinal, o antebraço, a palma da mão, partes de trás do joelho e sola do pé. Já a testa, a narina, o ouvido e o cabelo são locais dominados pela mesma comunidade. Tronco e pernas são locais dominados por outra comunidade em comum. A boca, porém, é o local com menor variação de espécies de micro-organismos. os cientistas disseram que na luta para garantir um lugar na parte de trás do joelho ou na flora intestinal, por exemplo, vale até liberar toxinas que destroem as comunidades rivais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário