quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Doênça pode "DESVENDAR" criatividade

A ARTE SEM MEMÓRIA.


''Posso desenhar algo para você – o que poderia desenhar?'', perguntou Lonni Sue Johnson, mas não esperou uma resposta. Ela desenhou uma linha encaracolada que se tornou uma auréola de cabelo encaracolado em torno do rosto feliz de um homem sentado, esticando uma perna para cima, equilibrando um pássaro grande em seu pé.
Em questão de minutos, ela acrescentou um gato usando um colar, estrelas e um pequeno avião sorridente. ''Gosto desta parte, pois se espera deixar as pessoas felizes’', disse ela, radiante. ''Toda folha de papel é um agrado’'.

Johnson, 61 anos, é uma artista e ilustradora cujo trabalho lúdico, colorido e frequentemente complexo já foi exposto em um amplo conjunto de publicações, como a capa da revista The New Yorker, livros infantis e de mistérios envolvendo assassinato e o jornal The New York Times – até mesmo um livro didático de física.
Tudo isso mudou em dezembro de 2007, quando foi vítima de encefalite viral, uma doença grave que provocou sérios danos em algumas partes de seu cérebro – incluindo o hipocampo, no qual se forma as memórias recentes. Ela sobreviveu, porém lembra-se de poucas coisas de sua vida anteriores à doença.
Apesar disso, ainda é capaz de criar obras, ainda que mais simples e infantis que seu trabalho profissional. Seu caso é raro, dizem especialistas, pois poucos artistas renomados continuam criando após serem acometidos por danos cerebrais graves.
Atualmente, cientistas da Universidade Johns Hopkins esperam que Johnson possa ajuda-los com antigas questões: quais partes do cérebro são necessárias para a criatividade? Com pouco acesso a sua experiência de vida, como um artista cria?
E, como coloca Michael McCloskey, professor de ciência cognitiva em Hopkins, o caso de Johnson ''levanta questões interessantes sobre identidade: neste caso, foi perdida grande parte que torna a pessoa quem ela é – o que resta para a arte?'' ''Contudo, vê-se em sua arte que ela ainda é praticamente a mesma pessoa’', ele continuou. ''Ela não se tornou uma folha em branco. Existe algo sobre a identidade que está desassociado à memória’'.




Uma pequena exibição das obras de Johnson antes e depois de sua doença foi aberta no dia 17 no Walters Museum, em Baltimore. O site do museu, thewalters.org, inclui um vídeo sobre Johnson.
Apesar de seu trabalho ter mudado, manteve parte de sua essência única, conta Barbara Landau, também professora em Hopkins e envolvida na pesquisa, ''É possível reconhecer que se trata de Lonni Sue’', disse ela. ''Sua personalidade está preservada’'.
Os pesquisadores vieram acompanhando Johnson, testando sua memória e conhecimento, apesar de não possuírem uma hipótese específica. ''É mais parecido com uma história investigativa’', disse Landau. ''Consegue-se uma pista e se segue. Às vezes dá certo e às vezes não’'.
Por sorte, o dano cerebral em Johnson limitou-se a lesões consideradas mais como discretas do que difusas ou penetrantes, dizem os cientistas. Sua perda de memória não foi como a amnésia de filmes e romances: ela sabia quem era e reconheceu sua mãe, Margaret Kennard Johnson, também artista, e sua irmã Aline.
Entretanto, não se lembrava de acontecimentos importantes de sua vida. Ela não sabia que havia sido casada por dez anos e foi necessário lhe contar várias vezes que seu pai havia morrido, apesar de ter sido duas décadas antes da doença.
Sua família a situou com muitos detalhes, então ela sabe que foi artista profissional, que costumava tocar violino, viola, violão e piano e que possuía e pilotava aviões. No entanto, não consegue se lembrar ou descrever episódios específicos de sua vida e se surpreendeu na semana passada, quando sua irmã a lembrou de que havia vivido em uma cobertura com um jardim em Manhattan e que lecionava arte. ''Oh, eu morava? Mesmo?'', disse ela com um grande sorriso. ''Adoro lecionar! Sinto falta disso... Não me lembro, pode me contar mais a respeito? Obrigada por me ajudar a me lembrar do que fazia’'.


No começo da recuperação de Johnson, ela teve de reaprender a andar, falar e comer, conforme conta sua irmã. Ela não reconhecia o roxo, o preto e o laranja e não conseguia colocar uma caneta sobre o papel.
Mas sua mãe, que havia sido sua mentora, enquanto artista, trouxe-a de volta para a arte. Dois meses depois de ter sido diagnosticada, sua mãe levou um marca-texto verde e desenhou um triângulo; a filha pegou um marca-texto azul e o copiou.
Alguns meses depois, começou a se entusiasmar com caça-palavras e começou a criar seus próprios jogos de palavras e por fim, incorporando ilustrações e brincando com homônimos e trocadilhos.
''A palavra 'planetem a palavra 'plan’ dentro dela e se for acrescentada a letra T, consegue-se a palavra 'planet’'', disse Johnson na semana passada, com uma voz quase que conspiratória, após desenhar um avião.
Sobre lápis, disse ela, ''Amo a palavra 'pencil’. Tem a palavra 'pen’ dentro dela e te deixa pensativo’'.
Esse é outro mistério a ser explorado por cientistas. Johnson possui um vocabulário excepcional – em testes, ela identificou corretamente as palavras 'jacente’, 'equestre’ e 'paquímetro’ – apesar do dano no lóbulo temporal frontal, parte do cérebro considerada um núcleo semântico e associado à comunicação, disse McCloskey. Ela também possui habilidades de percepção visual e espacial extraordinárias, com notas extremamente altas em testes que exigiam que ela identificasse objetos corriqueiros de fotos tiradas de um ângulo incomum – como uma cadeira, vista de baixo.
Quando cientistas lhe pediram para copiar um desenho complexo, desenhou rapidamente uma réplica praticamente perfeita. Só que ela não consegue manter a imagem em sua mente: quando a ilustração foi virada de ponta-cabeça e pediram que ela a desenhasse um tempo depois, havia esquecido completamente o que era.
Em outro exame que suscita mais perguntas acerca da memória, da identidade e da arte, pesquisadores inseriram uma das pinturas de Johnson em uma pilha de cartões postais, mostrando pinturas de artistas famosos e pediram que ela as identificasse.
''Imaginamos se seu conhecimento sobre obras famosas e artistas havia sido poupado, pelo fato de ser muito importante para ela’', disse McCloskey. ''Não foi – com uma exceção clara. Quando ela vê seu próprio trabalho, reconhece imediatamente como seu. Ela disse: 'Esse é meu’''.
Sua nova obra é diferente do seu antigo trabalho com aquarela. Ela desenvolveu seu próprio método para misturar e fundir cores; seu trabalho era conceitual e detalhado, espalhando-se ao longo dos anos. Agora é simples, rápido e mais livre, a lápis, com canetas coloridas, ou ambos; ela termina desenhos em apenas uma sentada. Ela consegue se concentrar naquilo à sua frente, mas uma vez que deixa o desenho de lado, esquece-se daquilo e não volta mais para o trabalho.
Contudo, a obra ainda ostenta sua inconfundível assinatura: a alegre exuberância que caracterizou muitos de seus trabalhos antigos, normalmente ao lado de sua marca registrada de aviões, gatos arteiros, estrelas e luas crescentes.
Ela passa horas do seu dia desenhando e criando complexos jogos de palavras. Ao ser questionada por que gostava de desenhar, ela respondeu: ''É uma linguagem, uma linguagem visual que pode alcançar pessoas no mundo todo, mesmo que não falem a mesma língua. As memórias voltam e se tem mais ideias... É um jeito adorável de compartilhar coisas e entrar em contato com pessoas em todos os lugares deste adorável planeta. Adoro a palavra 'planeta’''. Quando sua mãe lhe pediu para tocar sua viola, ela concordou e tocou uma obra vívida, razoavelmente bem, com um sorriso no rosto. Johnson lhe pediu para tocá-la novamente, ''alegremente’', conforme indicado pelo compositor.
''O que você acabou de tocar?'', sua mãe perguntou. ''Qual é o nome dessa obra?''.
Sua filha olhou para a partitura: Rita Asch, amiga da família, lhe compôs essa obra após ter ficado doente.
''Chama-se, por incrível que pareça’', respondeu Johnson, parecendo confusa, '''Valsa para Lonni Sue’. Por Rita Asch’''.

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sábado, 24 de setembro de 2011

Câncer de mama é mais letal em pessoas negras.




Ainda é um mistério por que as mulheres negras são mais propensas a morrer de câncer de mama do que as mulheres brancas.






 Um novo estudo mostra que essa diferença não pode ser atribuída a diferenças de obesidadeComo um todo, as mulheres negras nos EUA tendem a ser mais obesas do que as brancas e os pesquisadores acharam que isso poderia explicar por que apenas 78% delas sobrevivem cinco anos após o diagnóstico de câncer, em comparação com 90% das mulheres brancas.


Vários estudos têm ligado a obesidade a uma pior sobrevida após o câncer de mama, mas apenas alguns têm testado se essa relação varia de acordo com a raça.
O novo estudo é o mais detalhado até agora. Os pesquisadores usaram dados coletados em um estudo anterior de câncer de mama, feito com mais de 4.500 mulheres que vivem em grandes cidades americanas. Cerca de um terço eram negras e o restante brancas.


Depois de mais de oito anos, 14% das mulheres brancas e um quarto das mulheres negras tinham morrido de câncer de mama. As mulheres foram entrevistadas sobre seu peso cinco anos antes do diagnóstico de câncer e mais do dobro de mulheres negras eram obesas em comparação com as brancas.


Mulheres obesas brancas tinham uma chance 46% maior de morrer de câncer de mama do que as que tinham um peso normal, e o risco aumentado permaneceu depois de tomar outras doenças em conta. Mas essa relação não ocorreu também com as mulheres negras.


Para os cientistas, foi uma surpresa o estudo ter mostrado uma relação entre obesidade e câncer de mama nas mulheres brancas, mas não nas negras. Isso levanta questões importantes sobre outras possíveis razões.
Alternativamente, os pesquisadores acreditam que pode haver diferenças na biologia do tumor, bem como de acesso a cuidados de saúde.


No ano passado, por exemplo, um estudo revelou que as mulheres negras e hispânicas demoram mais tempo para receber tratamento após a cirurgia de câncer de mama do que as brancas.
Pesquisas anteriores também descobriram que as mulheres negras normalmente são diagnosticadas com câncer em estágios mais avançados da doença.

Quantas bactérias nós temos no nosso corpo?




O suficiente para encher um prato grande de sopa. “Isso é 1,36 a 2,27 quilos de bactérias”, diz Lita Proctor, que estuda as comunidades de bactérias que vivem sobre e em nós.


As células de bactérias em nosso corpo superam as células humanas em 10 para 1, diz Lita. Porém, como elas são muito menores do que as células humanas, representam apenas cerca de 1 a 2% da massa do nosso corpo, embora componham cerca de metade dos nossos resíduos corporais.
A quantidade de bactérias que carregamos com a gente não era bem catalogada até recentemente. Em julho, a Universidade Estadual da Carolina do Norte, EUA, estudou quantos micróbios tínhamos em nosso umbigo, e os cientistas encontraram cerca de 1.400 diferentes cepas de bactérias em 95 participantes. Destas, 662 amostras eram previamente desconhecidas.


Agora, uma nova instituição sem fins lucrativos, chamada MyMicrobes, quer conectar as pessoas através de uma rede social exclusivamente para falar e comparar experiências com bactérias (especificamente as gastrointestinais)


São cerca de 100 trilhões delas habitando o nosso corpo – dez vezes mais do que o de células humanas. Essa população invisível de bactérias – a maioria ainda desconhecida para a ciência – vive em guerra dentro do nosso organismo. Quem fez o mapeamento pioneiro dos micro-organismos que vivem no corpo humano foram os pesquisadores da Universidade do Colorado e foi publicado na revista “Science“.


O levantamento analisou 27 partes do corpo humano – 18 delas na pele. Os cientistas, no entanto, ainda desconhecem por que existem tanta variedade de bactéria. A análise biogeográfica, que permitiu a identificação das colônias bacterianas, foi feita com novas técnicas de sequenciamento genético. Nove voluntários tiveram amostras colhidas por três meses, sempre pouco depois do banho.


Os cientistas mapearam que os locais com maior variação de comunidades bacterianas são o cabelo, a narina, o ouvido, a flora intestinal, o antebraço, a palma da mão, partes de trás do joelho e sola do pé.  Já a testa, a narina, o ouvido e o cabelo são locais dominados pela mesma comunidade. Tronco e pernas são locais dominados por outra comunidade em comum. A boca, porém, é o local com menor variação de espécies de micro-organismos. os cientistas disseram que na luta para garantir um lugar na parte de trás do joelho ou na flora intestinal, por exemplo, vale até liberar toxinas que destroem as comunidades rivais.

As 10 anomalias médicas mais bizarras.

10. DISPROSÓPIA

Também conhecida como duplicação craniofacial é um distúrbio raro no qual o rosto da mesma pessoa é duplicado na sua cabeça. Não se trata de nenhum tipo de gemelaridade como “fetus in fetu” mais abaixo. A condição é causada por uma proteína responsável por determinar as características do rosto e seu excesso leva a um segundo rosto espelhado. Falta da proteína leva a características faciais pouco desenvolvidas. Normalmente este tipo de anomalia sequer permite que a criança nasça com vida, mas Lali Singh, nascida em 2008, sobreviveu por dois meses antes de sofrer uma parada cardíaca.





9. FŒTUS IN FŒTU

A foto acima é de Sanju Bhagat um indiano de 36 anos que parece grávido e, em efeito, está, de seu próprio irmão gêmeo. Nós já cobrimos este tipo de anomalia aqui, em um caso em que partes malformadas de um feto foram retiradas cirurgicamente do interior cérebro de um bebê.
Fetus is fetu é um distúrbio extremamente raro que é diagnosticado normalmente quando o ‘hospedeiro’ começa a aparentar problemas de saúde pelo alojamento do irmão ou irmã sem vida em seu corpo.

8. SÍNDROME DE PROTEUS

Joseph Merrick, ‘o Homem Elefante’ é provavelmente o caso mais famoso desta síndrome. A doença causa crescimento ósseo e de pele excessivos com incidência freqüente de tumores. Apenas 200 casos foram confirmados pelo mundo desde que a doença foi oficialmente descoberta em 1979. Quem sofre desta doença tem função e capacidade mental normal.


7. SÍNDROME DE MÖBIUS

É uma doença rara em que os músculos faciais ficam paralisados. Na maioria dos casos os olhos também não conseguem se mover de um lado para o outro. O rosto congela de maneira que quem sofre deste distúrbio não tem expressões faciais, o que faz parecer que a pessoa seja apática ou sofra de retardo mental. Mas a realidade é que o desenvolvimento mental é completamente normal. As causas ainda não são bem compreendidas e não existe tratamento que leve a uma cura.


6. PROGÉRIA

A Progéria (http://biobizarro.blogspot.com/2011/07/progeria.html) tem origem em um único e pequeno defeito no código genético do bebê, mas  leva a efeitos terríveis para a vida da criança que geralmente não chega aos 13 anos de idade. Desde os seus primeiros dias seus corpos super-aceleram o processo de envelhecimento por causa de um defeito nas pontas dos Cromossomos (telômeros) que prendem as fitas de DNA unidas no núcleo das células. Eles sofrem sintomas que incluem calvície, doença cardíaca, osteoporose e artrite. A doença é muito rara afetando apenas um em cada oito milhões de nascimentos.


5. PORFIRIA CUTÂNEA

A porfiria cutânea é uma doença que causa bolhas, excesso de pelos, inchaço e necrose da pele. Pode levar a dentes e unhas avermelhados e depois da exposição à luz solar a urina fica azul, rosa, marrom ou preta. Hoje se pensa que a doença está ligada a muitas lendas de vampiros e lobisomens onde o sofredor era obrigado a viver longe da sociedade por ser confundido com um monstro.
A doença é parte de um grupo de distúrbios conhecidos como porfirias que levam a problemas mentais e físicos devido à superprodução de certas enzimas pelo corpo. O nome da doença vem do grego “porphura” que significa “pigmento roxo”.


4. ELEFANTÍASE

A elefantíase é o esticamento da pele causado pela superpopulação de parasitas que podem nos contaminar através de picadas de mosquito. Não é incomum na África. Uma doença um pouco diferente é causada através do simples contato da sola do pé com solo contaminado. Em partes da Etiópia cerca de 6% da população sofre do problema e é uma das doenças mais comuns que tornam as pessoas inválidas no mundo. Existem vários esforços para erradicar a doença que se espera que desapareça até 2020.


3. FIBRODISPLASIA OSSIFICANTE PROGRESSIVA (FOP)

FOP é uma doença muito rara que faz com que partes do corpo como os músculos, tensões e ligamentos se transformem em ossos quando são danificados. Isso faz comumente que as articulações se fundam evitando o movimento. A remoção da ossificação é ineficaz, pois volta a crescer novamente similar a um processo de cicatrização. A doença é tão rara que normalmente é erroneamente diagnosticada como um possível câncer, levando os médicos a realizarem biópsias, o que aumenta o crescimento dos calos ósseos. Não existe cura.
O caso mais famoso é o de Harry Eastlack que teve o seu corpo tão ossificado que ao final da vida movia apenas os lábios. Seu esqueleto está exposto no Museu Mütter, nos EUA.



2. EPIDERMODISPLASIA VERRUCIFORME

Também conhecida como doença do ‘homem-árvore’, EV é uma doença hereditária extremamente rara que leva a formação de verrugas na pele que nunca param de crescer. Ela costuma se manifestar entre um e 20 anos de idade e afeta normalmente as mãos e os pés. O único tratamento conhecido é a remoção cirúrgica das verrugas que voltam a crescer em seguida, o que exige cirurgias freqüentes.
Em 2007, Dede, da Indonésia, teve quase seis quilos de verrugas removidas e hoje necessita novamente de cirurgia para poder utilizar novamente as próprias mãos.



1. DUPLICAÇÃO PENIANA


A difalia, também conhecida como Duplicação peniana é uma condição em que o homem nasce com dois pênis onde apenas um ou ambos membros podem ser totalmente funcionais. É uma condição rara com apenas mil casos registrados. Nos EUA, um em cada 5,5 milhões de homens tem dois pênis. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

BIÓLOGA PORTUGUESA DESCOBRE INSECTO SEM ASAS E SEM OLHOS.



A bióloga Sofia Reboleira é responsável pela descoberta de uma 
nova espécie de insecto, 
sem olhos e sem asas, em grutas do Algarve, segundo noticias avançadas pelo Diário Correio da manhã.


Esta cientista portuguesa tinha sido responsável pela descoberta de três escaravelhos das cavernas e um pseudo-escorpião de espécies desconhecidas. Todas as descobertas aconteceram todas em grutas, ao que não é alheio o facto de Sofia ser também espeleóloga.

"Esta descoberta acrescenta uma nova ordem à fauna cavernícola portuguesa, uma vez que não se conhecia qualquer dipluro [insecto] exclusivamente cavernícola em Portugal", explica a bióloga.

A nova espécie foi encontrada no âmbito do doutoramento da bióloga, orientado por Fernando Gonçalves, do departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e Pedro Oromí, da Faculdade de Biologia da Universidade de La Laguna, em Tenerife.

O insecto – descrito em revistas científicas com o especialista espanhol Alberto Sendra – chama-se Litocampa mendesi, mede pouco mais de três milímetros e deverá existir há milhões de anos, sendo "evolutivamente um percursor dos insectos actuais", diz Sofia Reboleira, de 29 anos, natural das Caldas da Rainha.


INSETOS VENENOSOS

Conheça 3 dos insetos mais venenosos do mundo.

Lonomia obliqua: Esta taturana tem o corpo coberto por pêlos espinhosos que soltam um veneno poderoso. A substância inibe a coagulação do sangue das vítimas e causa hemorragias que podem levar à morte. O bicho é comum no Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Lonomia obliqua




Vespa-mandarina: Junto com as abelhas, as vespas matam mais humanos que qualquer outro animal peçonhento. Das 500 espécies de vespa, cerca de 300 têm veneno. A mandarina atinge quase 5 centímetros e voa a 36 km/h. Para nossa sorte, é mais comum no Japão.


Vespa-mandarina



Apis mellifera: As populares abelhas parecem inofensivas, mas são perigosas porque, além de irritadiças, costumam atacar em bando. Quando alguém recebe várias picadas, o excesso de veneno pode causar insuficiência renal e anemia aguda. Quanto mais ferroadas, maior o risco de morte.

Apis mallifera


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Erros da Biologia- Mesossomos.

bactéria evidenciando o mesossomo.



Mesossomos forma-se em células bacterianas preparadas por fixação química para microscopia eletrônica, mas não por crio-fixação. Mesossomos são invaginações na membrana plasmática de bactérias que são produzidos pelas técnicas de fixação química usados ​​para preparar amostras para microscopia eletrônica.  

Apesar de várias funções que foram propostas para estas estruturas desde a década de 1960, eles foram reconhecidos como erros de preparações pelo final dos anos 1970 e já não são considerados mais parte da estrutura normal de células bacterianas.



Estas estruturas são invaginações da membrana plasmática observada em bactérias gram-positivas que foram quimicamente preparada para microscopia eletrônica.Eles foram observadas pela primeira vez em 1953 por George B. Chapman e James Hillier, que se referiu a eles como "organismos periféricos." Eles eram chamados de "mesossomos" pela JD Robertson em 1959. 

Inicialmente, pensava-se que os  mesossomos pudessem desempenhar um papel em vários processos celulares, tais como a formação da parede celular durante a divisão celular, replicação de cromossomos, ou como um local para a fosforilação oxidativa, na fixação do genoma bacteriano (genofóro).

Estes modelos foram postas em causa durante o final de 1970 quando os dados acumulados sugeriram que mesossomos fossem artefatos formados por dano à membrana durante o processo de fixação química, e não ocorrem em células que não foram quimicamente fixa. Em meados dos anos 1980, com os avanços na criofixação e métodos de congelamento e substituição para microscopia eletrônica, foi em geral concluído que mesossomos não existem em células vivas. No entanto, alguns pesquisadores continuam para argumentar que a evidência permanece inconclusiva, e que pode não ser estes  mesossomos artefatos em todos os casos.

Recentemente, dobras na membrana semelhante tem sido observada em bactérias que foram expostos a algumas classes de antibióticos, e peptídeos antibacterianos (defensivas) . O aparecimento destas estruturas mesossômicas  pode ser o resultado desses produtos químicos danificando a membrana plasmática e / ou parede celular. 
O caso da proposta e, em seguida, refutação da hipótese mesossômica tem sido discutida do ponto de vista da filosofia da ciência como um exemplo de como uma idéia científica que pode ser falsificada. 





referencias:

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^ Allchin, D. (2000). "A Epistemologia do Erro". Filosofia da Ciência Associação Reuniões, Vancouver, novembro. Retirado 2008/03/08.
[Editar] Leitura mais adicional

Fritz H. Kayser, M.D. (2005). Atlas of Medical Microbiology.Kayser, Microbiologia Médica © 2005 Thieme.