sexta-feira, 17 de junho de 2011

Espermatozóide uma arma biológica.

Esperma pode provocar alergia e até morte.

Um alerta feito,  pela Associação Nacional de Alergia e Asma (DAAB) de Mönchengladbach, na Alemanha, pode surpreender muitas gente: algumas mulheres têm alergia ao sêmen.
Após relações sexuais, elas podem ter reações diversas como irritação na pele, vômito, diarréia e crises nervosas. Em casos extremos, a mulher pode desenvolver asma ou ter um choque anafilático, provocando até a sua morte.


Por enquanto, a associação tem conhecimento de cem casos, mas há suspeitas de que o número de mulheres sensíveis a uma proteína presente no sêmen seja muito maior, segundo Andrea Wallrafen, diretora da DAAB. Para as mulheres alérgicas ao sêmen, há duas saídas, segundo informações do jornal O Dia. Uma é preventiva e consiste em imunizar as pacientes. Para isso, faz-se um teste de sensibilidade com uma pequena amostra do sêmen do parceiro. Depois, a substância é usada na produção de um preparado líquido que posteriormente será ingerido pela mulher. Aos poucos, o organismo da paciente fica imune à proteína que lhe provocava alergia. A outra alternativa é o uso de antialérgicos, em comprimido ou spray, momentos antes do ato sexual. No entanto, o medicamento só age durante a relação. Mas o mais recomendável, segundo Wallrafen, é usar preservativos.



Fonte:

http://www.profcupido.hpg.ig.com.br/esperma_pode_provocar.htm

Baratas contra AIDS

 Um inusitado aliado contra a Aids.

De acordo com a Agência Nova China, cientistas do Instituto Médico de Yunnan, no sudoeste do país asiático, afirmam ter encontrado nas baratas componentes químicos que podem auxiliar na luta contra a AIDS, pois possuem efeitos similares aos do AZT.



Os testes conduzidos em laboratório mostraram que a descoberta pode ser realmente eficaz, porém o grupo ainda não garante se os insetos poderão ser usados para produção de medicamento.


Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080703173434AASh7Wn

Anticorpos e a Felicidade




 A tristeza prejudica nosso sistema imunológico.

Um artigo muito interessante foi publicado ano passado nos Estados Unidos estabelecendo uma ligação fascinante entre os nossos estados emocionais e a produção de anticorpos que nos imuniza contra doenças. Essa ligação foi estudada através de um experimento muito engenhoso.

Os pesquisadores já sabiam que uma maior ativação de uma determinada área do lado direito do cérebro (chamada córtex pré-frontal direito) estava associada a estados emocionais de depressão ("tristeza"). Além disso era sabido que quando estamos submetidos a estados emocionais fortes nossos olhos apresentam tremores musculares.

Eles então propuseram que um grupo de voluntários tentasse se lembrar e escrever a respeito dos momentos mais tristes de suas vidas enquanto monitoravam a ativação de seus cérebros e o grau de tremor dos olhos através de aparelhos. Verificaram então que algumas pessoas ativavam mais essa região do lado direito do cérebro (ligada a depressão) e tremiam mais os olhos do que outras quando se lembravam de coisas tristes.




Separaram então os voluntários em dois grupos: um grupo que ativava muito o lado direito do cérebro e sofria de tremores oculares mais intensos (e que estariam portanto mais sujeitos a depressão) e outro grupo que ativava mais o lado esquerdo quando pensavam em coisas tristes (e que seriam portanto mais resistentes a depressão).

Depois os cientistas injetaram vacinas contendo o vírus da gripe enfraquecido nos dois grupos de pessoas e mediram, após 6 meses, a quantidade de anticorpos anti-gripe produzidos pelos dois grupos de voluntários. Como o vírus da gripe contem substâncias (antígenos) que o sistema imunológico humano reconhece como estranhas após algum tempo o corpo dos dois grupos de voluntários fabricaram anticorpos que neutralizavam os antígenos da gripe.
Contudo, o que os pesquisadores descobriram é que o grupo de pessoas que ativava mais o lado direito do cérebro (e que portanto supunham estar mais deprimido) haviam produzido menos anticorpos(veja a foto)  anti-gripe do que aqueles que ativavam mais o lado pré-frontal esquerdo.


Ou seja aparentemente o estado emocional de tristeza estava relacionado a uma menor capacidade produzir anticorpos para defender o corpo de antígenos como o vírus da gripe. Dessa forma a vacinação teria um efeito protetor menor sobre o organismo das pessoas mais deprimidas

Existem várias explicações possíveis para essa interação. Por exemplo: 1) a tristeza prejudica nosso sistema imunológico ou 2) um sistema imunológico prejudicado produz tristeza.



Atualmente muitos pesquisadores acreditam que a hipótese 1 seja válida (o que não impede que a 2 também possa ser verdadeira). Por via das dúvidas vale a pena tentar lidar com os problemas de nosso dia-a-dia da maneira mais bem-humorada possível.  Afinal, nosso sistema imunológico parece "ficar feliz" e nos proteger de doenças melhor quando não nos estressamos por qualquer motivo.


Fonte:
Curio Bio

Curiosidades sobre o Corpo Humano

 Nosso corpo é sem duvida uma maquina extraordinária...vejamos agora algumas curiosidades sobre ela.



*É verdade que não se consegue digerir o chiclete, mas se engolires um, ela não se cola ao estômago, por isso, não faz mal engoli-lo.

*Ao lamber um selo se consome 1 décimo de caloria.

*O nosso estômago tem de produzir uma nova camada de muco de 2 em 2 semanas. Caso contrário digeria-se a ele próprio.

*É impossível espirrar com os olhos abertos. (NÃO TENTEM ISTO EM CASA).

*As pessoas inteligentes têm mais cobre e zinco no cabelo.

*O músculo mais potente do corpo é a língua.

*É impossível suicidar-se parando a respiração.

*Os nossos olhos são sempre do mesmo tamanho, desde o nascimento, enquanto que as orelhas e o nariz nunca param de crescer.
*É impossível lamber o cotovelo.

*O suor não tem odor. São as bactérias da pele que criam o cheiro.

*Apenas uma pessoa em cada 2 bilhões viverá mais de 116 anos.

*Se gritares durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, a energia libertada é igual à necessária para aquecer uma chávena de café.

*O coração bombeia o sangue com uma pressão suficiente para esguichar o sangue a uma altura de 9 metros.

*Os destros vivem em média 9 anos a mais do que os canhotos.

*Uma pessoa pisca os olhos aproximadamente 25 mil vezes por dia.

*Se as doenças do coração, o cancro e os diabetes fossem erradicados, a expectativa de vida do homem seria de 99,2 anos.

*A cada ano, 98% dos átomos do nosso corpo são substituídos.

*O crânio tem 29 ossos.

*As unhas da mão crescem aproximadamente 4 vezes mais rápido que as do pé.
*Os pés possuem um quarto dos nossos ossos.

* 15 vezes ao dia é o número médio de vezes que um adulto normal dá risada. No entanto uma criança ri em média 400 vezes por dia.

*4 kg é o peso do cérebro humano. Este consome 25% do oxigênio que respiramos.

* Uma pessoa normal tem á volta de 1460 sonhos por ano.

* Todos temos aproximadamente 300 ossos quando nascemos, mas chegamos a adultos apenas com 206.

* A força necessária para dar três espirros consecutivos, queima exatamente o mesmo numero de calorias que um orgasmo.

* Cada soluço dura menos de 1 segundo e ocorrem com um frequência normal e regular de 5 a 25 vezes por minuto. O livro dos recordes menciona um soluço que durou 57 anos.
*Por cada sílaba que o homem fala, 72 músculos entram em movimento. Para sorrir, são utilizados 14 músculos. Para beijar, 29.

*O intestino delgado mede entre 6 a 9 metros. O intestino grosso tem 1,5 metros, mas é 3 vezes mais largo.

* Um adulto elimina 3 litros de água por dia, por meio da urina, suor e da respiração.

* O corpo humano é formado por 70% de água, que corresponde a metade do nosso peso. No organismo, a água transporta alimentos, resíduos e sair minerais; lubrifica tecidos e articulações; conduz glicose e oxigênio para o interior das células, e regula a temperatura.

* Se não exercitarmos o que aprendemos, esquecemos 25% em seis horas, 33% em 24 horas e 90% em seis meses.

* Com uma média de 70 batidas por minuto, o coração bate 37 milhões de vezes por ano.

*. Se dormirmos, em média, 8 horas por dia, aos 40 anos teremos dormido 13 anos.

* O olho humano é capaz de distinguir 10.000.000 de diferentes tonalidades.

* Você fala sem pensar? Os cientistas calcularam que a velocidade de um pensamento é de 240 km/h!

* O esqueleto de um homem de 64 quilos pesa cerca de 11 quilos.

* Em média, uma criança de 4 anos faz 437 perguntas por dia.

*Numa vida, um ser humano passa, em média, 8 anos em filas de espera.





quinta-feira, 16 de junho de 2011

Feromônios

Uma resposta ao "amor a primeira vista!"

Por que será que, em meio a um bom número de pessoas, é aquela em especial que nos atrai? 

 A beleza aos nossos olhos, a inteligência ou a sensibilidade que nos revela ao falar, a sensualidade nos gestos, o que será? Chegamos mais perto e o encanto inicial se confirma ou não. Por que será?

São vários os fatores que determinam essa atração interpessoal, mas um deles, invisível e insensível, tem excitado a curiosidade dos neurocientistas: a possibilidade de que a espécie humana empregue feromônios para comunicar-se quimicamente com seus semelhantes.

Feromônios são substâncias inodoras produzidas pelos animais e depositadas no ambiente, capazes de influenciar o comportamento e o funcionamento orgânico de indivíduos da mesma espécie. Os camundongos machos, por exemplo, secretam na sua urina um tal metiltiometanotiol ou MTMT, que atrai as fêmeas e as faz investigar o ambiente em torno do emissor. As coelhas mamães secretam no leite um 2-metilbutenal-2, que determina nos filhotes a busca ativa pelas tetas.

 Nesses animais, já se identificou todo um conjunto de regiões do sistema nervoso envolvido nessa forma de comunicação química: é o chamado sistema vômero-nasal. Um setor da mucosa nasal, o órgão vômero-nasal, apresenta células sensoriais especiais dotadas de proteínas específicas incrivelmente sensíveis a baixas concentrações desses compostos.
Essas células sensoriais estabelecem comunicação com certos neurônios do cérebro, formando uma cadeia de circuitos que segue às regiões da memória, das emoções, e da coordenação hormonal que o sistema nervoso exerce sobre o organismo. Mas não se trata do sistema olfatório: esses mensageiros químicos não são percebidos conscientemente, embora influam bastante sobre o comportamento e a funcionalidade do corpo.


Existem feromônios nos seres humanos?

A questão que se coloca é a seguinte: existe essa forma invisível e insensível de comunicação química entre seres humanos? Evidências circunstanciais sugerem que sim. Um bom exemplo é o das mulheres que coabitam no mesmo ambiente (os colégios internos de antigamente, os orfanatos de hoje ou as prisões femininas) e acabam por ter seu ciclo menstrual sincronizado, todas juntas fase a fase.
Os neurocientistas que primeiro se interessaram por esse tema comprovaram a veracidade dessas observações incidentais. Duas psicólogas da Universidade de Chicago, Kathleen Stern e Martha McClintock, coletaram com cotonetes a secreção axilar de um grupo de mulheres durante diferentes fases do ciclo menstrual, mascararam o cheiro dos cotonetes com álcool e apresentaram a outro grupo de mulheres cotonetes só com álcool, ou cotonetes também com… cecê axilar.



O resultado da pesquisa sugeriu a existência de pelo menos dois feromônios com efeitos distintos: um, coletado antes da ovulação, encurtava o ciclo menstrual das mulheres receptoras; outro, coletado durante a ovulação, fazia o contrário: prolongava o ciclo das receptoras.

Mais recentemente, outro grupo de pesquisadores fez um experimento diferente: coletou o extrato axilar de homens e o submeteu a mulheres disfarçado com um certo perfume. O ciclo hormonal se modificou nas mulheres receptoras (mas não nas que receberam o cotonete só com o perfume). Além disso, ao responder a questionários padronizados, elas relataram diminuição da tensão do dia-a-dia e uma sensação agradável de relaxamento!
O problema é que não há vestígios de órgão vômero-nasal nos seres humanos, a não ser durante a fase fetal, nem regiões específicas no cérebro que processem essa forma de comunicação química. Também não foi possível identificar células sensoriais diferentes na nossa mucosa nasal e, além disso, o genoma humano contém pobres evidências de algum gene que codifique as moléculas receptoras dos feromônios, como se verificou em animais. Pode ser, entretanto, que em nosso caso o sistema olfatório esteja envolvido, isto é, sentiríamos algum cheiro diferente que os ferômonios veiculariam.


Time Magazine, 12/1/86
Estudos afirmam que os feromônios masculinos são bons para a saúde das mulheres
Copyright Time, Inc.
Por John Leo
Relatado por Robert Ajemian

"As mulheres que trabalham ou vivem juntas tendem a obter os seus ciclos menstruais sincronizados. Esse curioso fenômeno conhecido há anos pelos cientistas é muito comum nos seres humanos, tem sido suspeitado como uma indicação de que os seres humanos, assim como nos insetos e alguns mamíferos, comunicam sutilmente por aromas sexuais, conhecidas como feromônios. Na semana passada, pesquisadores na Filadélfia mostrou com dois relatórios que os aromas, incluindo odores axilares, afetam realmente os ciclos menstruais. Os relatórios veio com um chute na comunidade científica: perfumes (odores) masculinos desempenham um papel na manutenção da saúde das mulheres, em particular a saúde do sistema reprodutivo feminino. Pesquisadores do Monell Chemical Senses Center e da University of Pennsylvania School of Medicine descobriram que as mulheres que fazem sexo com homens, pelo menos uma vez por semana são mais propensas a ter ciclos menstruais normais, menos problemas de infertilidade e uma menopausa mais branda do que das mulheres celibatárias e das mulheres que têm relações sexuais raras ou esporadicamente.
O que significa de tudo isso. "O que estamos dizendo aqui é que os homens são realmente importantes para as mulheres", disse Winnifred Cutler, uma bióloga e especialista em endocrinologia comportamental que conduziu o estudo juntamente com o Químico Orgânico George Preti. "Se você olhar todos os dados, a conclusão é convincente. Um homem ou a sua essência parece ser essencial para um sistema fértil ideal."

Newsweek, 1/12/87.
A química entre as pessoas: o nosso corpo é afetados pelo cheiro de outra pessoa?
Copyright Newsweek Magazine
Por Terence Monmaney com Susan Katz

O ar está carregado com segredos, com um íntimo, invisível, inódoro e inaudível odor. Pronto! Uma traça fêmea anuncia a milhas de distancia ao macho, que está ansiosa para acasalar. Uma cadela no calor do cio exala seu odor, e os machos por toda a vizinhança são atraídos por esse cheiro, indicado o caminho para eles.
Em criaturas tão diferentes como insetos e cães, as mensagens de vida ou morte são transmitidas através de um química especializada, conhecido como um feromônio - uma substância que funciona como hormônio, mas quando liberado por um indivíduo faz mudanças na fisiologia ou comportamento de outro.
Desde que os cientistas descobriram feromônios 30 anos atrás, eles encontraram uma comunicação química, em centenas de espécies - das traças, ratos indo até aos macacos. E o homem? Será que nós, os grandes comunicadores, também fazemos uso de tais sinais potente e sem ambiguidades? Existe literalmente uma verdade dessa noção de que quando as pessoas se dão contas desse efeitos por causa dessa química "direita"?
Pesquisadores de feromônios em mães disse uma vez, o que atrai seu bebê para os seios é esse hormônio. Mas a ideia dos feromônios em humanos é intrigante,assim as dezenas de estudos que abordaram essa possibilidade, nos últimos 10 anos foram decepcionantes: ninguém havia estabelecido além de uma possibilidade de que os feromônios humanos existam.
Agora, dois novos estudos estão agitando o debate com os feromônios, ainda mais ousado. Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e do Monell Chemical Senses Center, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos na Filadélfia, afirmam que as pessoas produzem feromônios nas axilas que podem influenciar os ciclos menstruais.
Um estudo, feito pelo químico e biólogo George Preti e Winnifred B. Cutler, não é o primeiro de seu tipo, mas eles são os primeiros a apresentarem estudos rigorosos suficiente para serem publicados em uma respeitada revista científica, Hormones and Behavior.
Em um estudo, os pesquisadores coletaram secreções das axilas dos homens que usavam uma almofada em cada axila. Essa "essência masculina", (feromônio), então, esfregado, três vezes por semana, sobre os lábios superiores de sete mulheres cujos ciclos normalmente duravam entre 26 dias ou mais de 33. No terceiro mês de tratamento, a duração média dos ciclos menstruais das mulheres começaram a se aproximar do ótimo, por volta dos 29,5 dias - a duração do ciclo e com maior fertilidade.
Cutler chegou a essa conclusão: "Essa essência masculina" contém, pelo menos, um feromônio que "ajuda a promover a saúde reprodutiva".

As influências dos feromônios no comportamento animal e humano 

 parte 1 

parte 2

parte 3
parte 4
parte 5(final)


curiosidades

As fêmeas utilizam os feromônios para comunicar aos seus pretendentes que está no cio e precisam acasalar. Por essa razão os machos de alguns mamíferos, tais como o boi e o cavalo, têm o hábito de cheirar e beber a urina das fêmeas para detectar seus teores hormonais e descobrir se elas estão no estro ou próximo de entrar nessa fase. O elefante, por exemplo, toca com a tromba a urina da fêmea e em seguida, a leva a um órgão localizado no céu da boca chamado vomeronasal, para que esse entre em contacto com as moléculas do hormônio e o seu odor seja conduzido até o cérebro para análise. O feromônio encontrado na urina da elefanta é o Z – 7 – dodecenil – 1 – acetato. Já os insetos, por exemplo, utilizam suas antenas que funcionam como nariz para captar os odores de feromônios. O gambá esguicha a partir de glândulas circum-anais (localizadas ao redor do ânus) jatos de substâncias de odor pútrido contendo feromônios que afastam seus inimigos. Especialmente entre os insetos como as abelhas, a ação dos feromônios é bem conhecida. A abelha rainha produz feromônios sexuais que inibem o desenvolvimento das gônadas sexuais das abelhas operárias. Assim, somente a rainha pode se reproduzir na colméia. Nas espécies de porcos, cabras e especialmente entre os ratos, a presença de machos com algum grau de parentesco inibe o desenvolvimento sexual das fêmeas. O contrário se sucede quando machos que não têm nenhum grau de parentesco convive no mesmo ambiente. Os camundongos machos secretam na sua urina um tal metiltiometanotiol ou MTMT, que atrai as fêmeas e as faz investigar o ambiente em torno do emissor. As coelhas mamães secretam no leite um 2-metilbutenal-2, que determina nos filhotes a busca ativa pelas tetas.


O odor (cheiro) dos feromônios é levado pelo ar e, muitas vezes, é capaz de atingir um indivíduo a quilômetros de distância. Algumas espécies de mariposas, por exemplo, são capazes de sentir o odor dos feromônios de sua espécie a, aproximadamente, 20 km de distância.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

HOMENS TAMBÉM PODEM AMAMENTAR?

Na maioria das espécies de mamíferos, a evolução fez com que as glândulas se concentrassem nos mamilos, permitindo que o líquido saia só quando o filhote suga o peito. É uma estratégia da natureza para não desperdiçar energia sem necessidade. No processo de desenvolvimento do bebê humano, os mamilos estão presentes sem que se determine as características específicas de machos e fêmeas.

Os homens não possuem os hormônios que fazem as glândulas do leite funcionar, enquanto nas mulheres eles começam a ser fabricados horas depois do parto. Os principais hormônios são a prolactina, que estimula a produção do leite, e a citosina, que permite a saída do líquido. Parece esquisito, mas em algumas situações os homens também são capazes de dar leite! Isso é mais comum na adolescência, quando os hormônios não estão equilibrados.
Mesmo assim, qualquer homem que receba sucção nos mamilos pode produzir o líquido, pois esse estímulo desencadeia a fabricação de prolactina e ocitocina. Mas o normal é que entre os humanos e outros mamíferos a amamentação seja tarefa só das fêmeas.

Uma curiosidade:
Sri Lanka (AFP) – Um homem de 38 anos, natural do Sri Lanka, viúvo há três meses, parece ter a habilidade de amamentar a seus dois filhos, conforme contaram os médicos a um periódico local. B. Wijeratne,  perdeu sua mulher enquanto esta dava a luz a seu segundo filho. O bebê rejeitava o leite em pó, uma noite o pai desesperado ofereceu meu peito para que deixasse de chorar. Então se deu conta de que era capaz de amamentá-la. O Dr. Damal Jayasinghe, diretor em exercício de um hospital em Kurunegala, assegura que os homens podem produzir leite quando se ativa o hormônio da prolactina.
  


O fenômeno da lactação masculina em seres humanos ficou mais comum nos últimos anos, devido ao uso de medicações que estimulam glândulas mamárias nos homens. Ora, todo mundo entende o fato do homem ter mamilos, entretanto, não é tão entendido que eles também têm glândulas mamárias. Ordinariamente o tecido mamário no homem apresenta volume mais baixo. Com um estímulo hormonal apropriado  a natureza fornece as mulheres quando eles ficam grávidas e dão à luz  o leite materno. No caso dos homens, com a mesma estimulação hormonal é possível produzir leite através dos seus mamilos, no entanto num volume bem menor do que uma mulher poderia produzir.

NOS CRIAMOS O MUNDO COMO ELE É...

UMA PEQUENA FRASE DA MUSICA DA VIDA NA TERRA
 
No ano de 1185, o imperador do Japão era um menino de 7 anos chamado Antoku. Ele era também o chefe nominal de um clã de samurais, os Heike, que travavam uma longa e sangrenta batalha com outro clã, os Genji, por ambos se acharem com direitos ancestrais ao trono imperial.

O encontro naval decisivo entre os dois clãs, com o imperador a bordo, deu-se em Danno-ura, no mar do Japão, a 24 de Abril de 1185. Os Heike eram numérica e tacticamente inferiores; muitos pereceram na batalha e os sobreviventes atiraram-se em massa ao mar, afogando-se. A senhora Nu, avó do imperador, decidiu que nem ela nem Antoku seriam capturados pelo inimigo. O que se seguiu vem contado na História dos Heike:

«O imperador tinha 7 anos, mas parecia muito mais velho. Era tão belo que parecia irradiar um halo de luz e o seu longo cabelo negro caía solto pelas costas abaixo. Com a surpresa e a ansiedade estampadas no rosto, perguntou à senhora Nu: ‘Para onde me levas?’ Ela voltou-se para o jovem soberano, com as lágrimas correndo em fio, e [...] confortou-o, atando-lhe os longos cabelos com as suas vestes cor de pomba. Com os olhos cegos pelas lágrimas, o pequeno imperador juntou as delicadas mãozinhas. Voltou-se primeiro para oriente, despedindo-se do deus Ise, e depois para ocidente, recitando o Nembutsu [uma oração ao Amida Buddha]. A senhora Nu tomou-o nos braços e, dizendo ‘Nas profundezas do oceano está o nosso capitólio’, afundou-se finalmente com ele entre as ondas.»

Toda a armada Heike foi destruída só sobrevivendo quarenta e três mulheres. Estas damas da corte imperial viram-se forçadas a vender flores e outros favores aos pescadores da costa, perto do palco da batalha. Os Heike praticamente desapareceram da história.

Mas o miserável rebanho das ex-damas da corte e dos filhos que tiveram dos pescadores estabeleceram um festival em comemoração da batalha, o qual se realiza no dia 24 de Abril de cada ano.
Os pescadores descendentes dos Heike vestem-se de serapilheira e, com a cabeça coberta de negro, dirigem-se para o santuário de Akama, que contém o mausoléu do imperador afogado, onde assistem a uma peça que narra os acontecimentos que se seguiram à batalha de Danno-ura.

Durante séculos, o povo imaginou ver exércitos de samurais que tentavam em vão esvaziar o mar, para o limpar do sangue, da derrota e da humilhação. Os pescadores dizem que os samurais Heike ainda vagueiam pelos fundos do mar do Japão — sob a forma de caranguejos.

De facto encontram-se neste local caranguejos com marcas curiosas nas carapaças, marcas e recortes que se assemelham de um modo perturbante ao rosto de um samurai. Quando apanham estes caranguejos, os pescadores não os comem, mas voltam a deitá-los ao mar, em comemoração dos trágicos acontecimentos de Danno-ura.





Esta lenda levanta um problema interessante. Como é que a cara de um samurai foi gravada na carapaça de um caranguejo?
A resposta parece ser que: foram os homens que fizeram a cara. As marcas da carapaça dos caranguejos são hereditárias. Mas nestes bichos, tal como nas pessoas, existem muitas linhas genéticas.

Suponhamos que entre os antepassados longínquos deste caranguejo surgiu por acaso um cuja carapaça lembrava vagamente um rosto humano. Já antes da batalha de Danno-ura, os pescadores teriam provavelmente tido relutância em comer um caranguejo assim. E ao voltar a deitá-la ao mar, eles iniciaram um processo evolutivo: se fores um caranguejo de carapaça vulgar, os homens te comem— a tua linha deixará poucos descendentes; se a tua carapaça se parecer, por pouco que seja, com uma cara, eles deitam-te de volta ao mar e poderás ter mais descendentes.
 
Os caranguejos investiram substancialmente nas marcas das carapaças. Com o passar das gerações, tanto de caranguejos como de pescadores, os animais cujas carapaças mais se assemelhavam a um rosto de samurai sobreviveram preferencialmente, até que acabou por se produzir, não só uma face humana, não só uma cara de japonês, mas o rosto feroz de um temível samurai.

Nada disto tem o que quer que seja a ver com o que os caranguejos querem. A selecção vem do exterior. Quanto mais te pareceres com um samurai, melhor para ti. A seu devido tempo, acabou por haver grandes quantidades de caranguejos-samurais.
 
 
Ao longo dos milhares de anos nos formamos o mundo como o conhecemos, escolhemos que planta devemos plantar, que animal devemos domesticar, o que eles tem de fazer e enfim tudo para a nossa vantagem.
 
 
 
VEJA TAMBÉM EM VÍDEOS:
A HISTORIA DOS HEIKES.
 
 
 

sábado, 11 de junho de 2011

Box Jellyfish (Água-Viva Mortal)

Um dos mais mortais animais na face da Terra, tambem chamada de "Sea Wasp". Essa água-viva, com corpo meio quadrado, habita o Norte e Nordeste da Austrália , e pode ser encontrada por toda a extensão da Barreira de Corais, ou seja, por cerca de 2000 km. 




A toxina presente nos tentáculos que chegam à muitos metros de comprimento, é tão forte, que os poucos sobreviventes de um encontro com uma Box Jellyfish, descrevem a dor, mais como um choque elétrico constante, do que uma queimadura. Após o contato, a pessoa provavelmente sairá do mar gritando e irá desmaiar na areia com marcas no corpo como se fossem chicotadas. Dependendo da extensão da área afetada, parada Cárdio-Respiratória, ocorre em menos de 3 minutos, sendo necessária a aplicação de respiração boca-a-boca e compressão toráxica. Aconselha-se não abandonar a vítima para buscar socorro, e sim conseguir de alguma forma, que outros o façam. A Box Jellyfish é responsável na Austrália por mais mortes que Tubarões, Crocodilos e Cobras. Existem antídotos, porém não são 100% eficaz. A aplicação de vinagre na área atingida diminui os efeitos da toxina, e reduz um pouco a dor, mas atenção médica para impedir que a vítima conheça Deus pessoalmente é absolutamente indispensável.





Partenogênese

Um dos temas mais fascinantes na biológia é sem duvida a partenogênese. Como um unico gameta(óvulo) pode desencadear a formação de organismos completos, será que isso se aplica a todos os tipos de organismos? qual a evolução dos estudos nessa area? Esse será nosso tema.



       Etimologicamente o nome Partenogênese vem do grego Parthenos que significa "virginal" e

genesis que significa "origem". O termo designa a formação embrionaria de um individuo a partir de um unico gameta. -óvulo-  sem que tenha havido a participação de um espermatozoide. Em outras palavras é uma forma de reprodução sexuada pois ha necessidade de produção de gametas, mas sem necessidade de fecundação.





Em muitas espécies animais, o fenomeno ocorre naturalmente. Há outras ainda que podem faze-la por meios artificiais ou experimental.

Isto foi conseguido pela primeira vez por Jacques Löeb, que submeteu óvulos de 
ouriço-do-mar(equinodermos) a uma solução acidificada fraca com acido butírico e depois emergiu-os numa solução salina hipertonica. Com esse recurso, Löeb conseguiu desencadear a segmentação de óvulos não fecundados, levando a formação de embriões, e finalmente de equinodermos completos.

Dalage fez semelhante experiencia com outro equinodermo (estrela do mar) e usou acido carbonico, mais tarde, Dalcq modificou essa experiencia utilizando uma equilibrada mistura de cloretos.

Bataillon, usiando um estilete de platina picou óvulos de rã sujos de sangue. Ele verificou que a entrada de celulas sanguineas nos gametas estimulava-o a se segmentar.

Pincus estimulou óvulos de coelha colocando-as no gelo por um curto espaço de tempo e recolhendo-os depois na propria trompa do animal. O desenvolvimento embrionario foi desencadeiado.








HÁ VARIOS ANOS, EM DIVERSAS PARTES DO MUNDO, CIENTISTAS TEM TRABALHADO COM ÓVULOS DE HUMANOS NO SENTIDO DE ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO EMBRIONARIO PARTENOGENETICO. MAS OS RESULTADOS DESSAS EXPERIENCIAS NÃO TEM SIDO MUITO ALENTADORAS OU, SIMPLESMENTE SÃO GUARDADOS COM RESERVA.

UM ESTRANHO DENTRO DE VOÇÊ

GÊMEOS NÃO-IDÊNTICOS PODEM FUNDIR-SE ORIGINANDO UMA PESSOA SÓ.


 Explique isso! Você é um médico e um dos seus pacientes, uma mulher  de 52 anos de idade vem te ver, muito chateada. Testes revelaram algo inacreditável sobre dois de seus três filhos . Embora ela concebeu-los naturalmente com o marido, testes revelaram que ele é o pai, mas ela não era mãe biológica das crianças. Era como se ela tivesse dado à luz filhos de outra pessoa.

 Só pra constar, Esta não é uma pergunta capciosa -e  é um caso real que Margot Kruskall, um médico do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston,Massachusetts, foi confrontado cinco anos atrás. O paciente, que vamos chama de Jane, precisava de um transplante de rim, e assim a sua família fizeram testes de sangue para ver se algum deles seria um doador adequado. Quando os resultados chegaram Jane estava esperando por boas notícias.


Em vez disso, ela recebeu um golpe de martelo. A carta disse-lhe abertamente que dois de seus três filhos não podiam ser seus. O que estava acontecendo?

Kruskall e sua equipe demorou dois anos para decifrar o enigma. No fim das contas eles descobriram que Jane é uma quimera, uma mistura de dois indivíduos que fundiram no útero, e cresceu em um único corpo. 







Apesar de casos como o de Jane ser o extremo, os pesquisadores agora pensam que há um pouco de quimera de todos nós, e o que antes era visto como uma esquisitice biológica pode desempenhar uma função vital.

Algumas partes de seu corpo derivaram de uma gêmea, outras partes, da outra. Parece bizarro que isso possa acontecer, mas Jane não é um caso único. Cerca de 30 exemplos similares de 'quimerismo' já foram relatados.






 Longe de sermos indivíduos de sangue puro, compostos por uma única linhagem de células, nossos corpos seriam mestiços celulares, coalhados de células de nossas mães, talvez até de avós e irmãos.

Durante a gravidez, o sangue da mãe e do feto são mantidos separados, mas algumas células conseguem se insinuar. Com efeito, de 80% a 90% das mulheres carregam células ou DNA de seus filhos no sangue durante a gravidez.

'Mulheres abrigam células das suas mães e dos seus filhos', afirma 

J. Lee Nelson, imunologista do Centro de Pesquisa de Câncer Hutchinson, em Seattle, EUA.

Para estudar isso, Nelson e sua colega Natalie Lambert têm procurado células maternas no sangue de mulheres adultas.

Em artigo a ser sair na revista especializada 

'Arthritis & Rheumatism'

http://www.rheumatology.org/ar/ar.html  eles descrevem como a análise do sangue de 32 mulheres saudáveis mostrou que 22% delas carregam glóbulos brancos de suas mães.

Não se sabe se a troca de células entre mãe e filho é um acidente, ou se cumpre algum propósito.

Fator importante poderia ser que as células fetais transferidas para a mãe sirvam para encorajar o sistema imune materno a tolerar o feto.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

UM POR TODOS E TODOS POR UM

        Robin Baker é professor de Zoologia na Universidade de Manchester (EUA), onde atua como um sério investigador de espermatozóides humanos desde 1988. Essa curiosa atividade, a princípio um tanto estranha, justifica-se por sua busca por explicações científicas para a imensa diversidade de comportamentos sexuais presentes na espécie humana. Baseado em suas descobertas, ele e seu colega Mark Bellis publicaram em 1995 o livro Competição de espermatozóides humanos: cópula, masturbação e infidelidade (Editora Chapman & Hall). Ciente de que esta obra era excessivamente acadêmica, Baker resolveu popularizar as informações contidas em seu primeiro livro e então surgiu, em 1997, Guerra de esperma: infidelidade, conflito sexual e outras batalhas de alcova (Editora Record). É a partir dessa leitura que vamos narrar agora a real saga de um gameta masculino após ser lançado para dentro do canal vaginal de uma mulher.







utero


Antes de tudo, vamos derrubar a imagem daquele espermatozóide atlético, com uma longa cauda, cabeça robusta e que nada sem parar até os confins da tuba uterina. Esse tipo idealizado de espermatozóide corresponde apenas à metade do total contido numa ejaculação humana normal. Um exército de espermatozóides é um conjunto muito mais diversificado, contendo gametas com cabeça grande, outros com cabeça pequena, outros com cabeça tão diminuta que não há espaço nem para carregar o pacote de DNA. O número e o formato das cabeças também variam bastante: Existem cabeças redondas, em forma de charuto e outras tão irregulares que é impossível descrevê-las. Espermatozóides com múltiplas caudas (de duas a quatro) não são raros, e estas podem ser curtas, espiraladas ou longas e esguias. Para incrementar ainda mais a variedade de tipos, existem os espermatozóides “corcundas”, com sua parte central curvada em ângulo reto, e os “alpinistas”, que parecem carregar uma mochila de material celular em sua porção central. Esta variedade de formas garante que pelotões celulares distintos executem diferentes tarefas na guerra de esperma, mas apenas uma mínima parcela dessa população celular é fértil, como veremos adiante.
Em cada ejaculação, o homem expulsa uma média de 300 milhões de espermatozóides, sendo que dentre eles menos de 3 milhões são férteis. Uma das perguntas que Baker nos faz logo no início do livro é “Por que os homens despejam, em cada relação sexual, espermatozóides suficientes para fecundar duas vezes toda a população dos Estados Unidos?” E mais, se menos de 1% de todas essas células é capaz de fertilizar o que quer que seja, o que fazem então as outras 99%? Pasmem! Segundo Baker, estes 297 milhões de células estão programados para repelir os gametas de outros homens, caso ocorra uma disputa simultânea pelo prêmio guardado no corpo da mulher.

Para entender isso, vamos ver primeiro como a tropa de espermatozóides se posiciona dentro do campo de batalha (isto é, o corpo da mulher). Por incrível que pareça, pelo menos metade dos gametas masculinos já é eliminada da guerra tão logo adentram o canal vaginal, arrastados pelo muco cervical de volta à entrada da vagina. Da metade restante, a imensa maioria permanece no muco cervical, bloqueando o caminho em direção ao útero. Quase sempre esses espermatozóides enroscam a cauda, como se previssem uma longa espera por supostos rivais. Essa é uma das principais estratégias de guarda contra um suposto exército inimigo (ou seja, os espermatozóides de um outro homem). Os espermatozóides que ficam no muco cervical não são aqueles do tipo atlético, mas sim são os soldados mais lentos; são aqueles de cauda espiralada, os corcundas, os alpinistas, os de cabeça grande ou com múltiplas cabeças. Com o tempo, caso não morram em combate com gametas do exército inimigo, estes espermatozóides acabam sendo eliminados pelos glóbulos brancos produzidos pelo próprio corpo da mulher.
Além dos bloqueadores, há os espermatozóides que ficam circulando pelo interior do útero, e fazendo ronda à procura de gametas inimigos. Estes espermatozóides são do tipo atlético, porém não são fecundadores, mas sim matadores. Ao encontrar outro gameta, o matador toca sua cabeça, verifica as substâncias químicas ali encontradas e, caso o conteúdo seja igual ao dele, o matador deixa que seu aliadoembora enquanto ele próprio prossegue em sua ronda. Por outro lado, se as substâncias do oponente forem distintas das dele, o matador “golpeia” a cabeça do inimigo, injetando ali uma boa dose de líquidos fatais que se encontram na cabeça do matador.
Outro pelotão, composto de cerca de 1 milhão de espermatozóides, fica quieto nas criptas cervicais, poupando energia e aguardando sua vez de entrarem em ação. Quando solicitados, estes gametas podem migrar útero acima em busca do óvulo, ou podem reforçar os pelotões de bloqueadores ou de matadores, caso a guerra seja desfavorável ao seu exército. Devido a essa versatilidade de funções, esse pelotão engloba uma grande variedade de tipos de soldados.
Por fim, apenas umas poucas centenas de espermatozóides nadam direto até o colo do útero. Este é o chamado pelotão de vanguarda”. Seus soldados atléticos e fertilizadores surfam pelas paredes uterinas até a região mais alta, onde estão as portas de entrada para os ovidutos. Alguns matadores adentram os ovidutos e acompanham os espermatozóides fertilizadores, garantindo que estes cheguem a salvo até o pivô da guerra: o óvulo! A jornada inicial dentro do oviduto é pequena, pois a uma curta distância as células repousam, permanecendo ali à espera de sinais químicos que ativam a corrida final até o óvulo. Estes sinais são transmitidos logo após a ovulação, percorrendo o oviduto adjacente ao ovário que liberou o óvulo. Mesmo sem esse sinal, um por um, os espermatozóides que estão em repouso vão acordando e subindo o oviduto, à procura de um óvulo. Caso não o encontre, estes gametas morrem, mas se ali estiver o prêmio, agora sim, o troféu será daquele que primeiro conseguir penetrar o tão sonhado óvulo! A guerra finalmente chega ao fim, anunciando então o desenvolvimento de uma nova vida!



Dra. Fabiana Bandeira
Doutora em neurociências do  Espaço Ciência Viva

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Curiosidades sobre os Hirudineos ou Sanguessugas

     Vamos falar agora um pouquinho sobre esses guerreiros, que tanto nos ajudaram e sofreram ao longo de milhares de anos.
muitas pessoas ao verem sanguessugas ficam bastante enojadas e até com medo mais ainda hoje ela é utilizada na medicina.


Sanguessuga é um anelídeo da Classe Hirudinea (antigamente chamados aquetas, ou seja sem sedas,contrariamente às outras classes do seu Filo) que se alimenta de sangue de outros animais (hematófago). São animais hermafrodita|hermafroditos, não possuem cerdas e que possuem ventosas para sua fixação. São assim chamados por produzirem uma substância anticoagulante denominada hirudina. Existem mais de 500 espécies. No estado brasileiro do Rio Grande do Sul estes animais são popularmente chamados de "chamichungas".



HISTÓRICO
      Até ao século XIX,as sanguessugas eram utilizadas na Medicina tradicional chinesa, na medicina oriental e mesmo na medicina ocidental nas sangrias. Sangrias:A sangria é uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças. Pode ser feita de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.Também era utilizada no tratamento contra hematomas e hemorróidas

NA MEDICINA
      Sanguessugas tem sido utilizadas na prática médica desde a antiguidade, para um amplo espectro de patologias, com resultados benéficos em algumas, principalmente levando-se em consideração a escassez de opções terapêuticas. Essa técnica foi praticamente abandonada com o desenvolvimento da ciência médica, especialmente no que tange à terapêutica, durante o século XX.

USADAS AINDA HOJE
      Recentemente, estudos têm demonstrado que sanguessugas podem ser utilizadas com ótimos resultados em situações específicas, em especial amputações seguidas de microcirurgia reconstrutora. Nessa situação, há reconstrução das artérias, com reconstituição do fluxo arterial de sangue (entrada de sangue) no membro amputado, mas a reconstrução das veias nem sempre é tão eficaz e o fluxo venoso (saída do sangue) fica deficiente. Isso leva a um acúmulo de sangue no membro, o que prejudica muito a eficácia do reimplante e aumenta o risco da sua perda definitiva. A sanguessuga nessa situação é aplicada no membro reimplantado, funcionando como uma "válvula de escape" para o sangue acumulado. O procedimento é indolor devido ao efeito anestésico da saliva do animal (hirudina) e seguro em relação a infecções se os devidos cuidados forem tomados. O efeito anestésico da saliva do animal pode ser utilizado em outras dores crônicas, como na osteoartrite.



 Um fato bastante curioso é que as Sanguessugas só se alimentam de sangue 1 única vez por ano.